quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Aulas ao domicilio.... em Baiao

"O Programa "Escola em Casa" arrancou hoje em Baião e tem como objectivo para aumentar os índices de escolaridade.

O município de Baião, que regista os mais baixos índices de escolaridade do distrito do Porto, iniciou hoje um programa que visa fomentar as conversas familiares sobre matérias educativas para tentar inverter o actual panorama em matéria de educação.
A primeira reunião de trabalho entre a equipa coordenadora do programa, os professores e os pais foi hoje realizada para definir metodologias e as temáticas a abordar nas conversas familiares.
O programa é dinamizado pela Universidade de Aveiro e coordenado pelo antigo reitor daquela universidade e actual presidente do Conselho Nacional de Educação, Júlio Pedrosa.
Para estimular o diálogo familiar e envolver mais os encarregados de educação na vida escolar, os responsáveis pelo projecto criaram guiões, com textos, seguidos de perguntas, que os jovens levam para casa para responderem com os pais.
O objectivo considera-se conseguido quando questões à volta da escola monopolizem pelo menos meia hora diária de conversa familiar.
Em declarações à Lusa, José Luís Carneiro, presidente da autarquia, disse que a autarquia inicia o programa "Escola em Casa" no Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, com os alunos do 7.º ano de escolaridade.
"Caso os resultados sejam satisfatórios, pretendemos estender o programa, numa fase posterior, aos agrupamentos escolares de Eiriz e Sudeste", afirmou. O autarca explicou que o seu interesse no projecto foi estimulado pelo psiquiatra Daniel Sampaio durante uma conferência em Baião. "Ele considerou, e muito bem, que um projecto destes se adequa perfeitamente a Baião", disse.
A ideia foi depois aperfeiçoada em conversa com o coordenador do projecto "Escola em Casa", durante uma deslocação de Júlio Pedrosa a Baião para apresentação de uma pós-graduação em Educação Especial Cognitiva e Motora.
"Nem sempre as pessoas entendem bem esta aposta, mas estamos determinados a investir na Educação e já em 2006 aplicámos no sector mais de metade do orçamento disponível da autarquia, ou seja, 1,1 milhões de euros", afirmou o autarca. Para o próximo ano, "o orçamento previsto para esta área é superior a dois milhões de euros", garantiu José Luís Carneiro.
O objectivo é contrariar os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), segundo os quais metade dos estudantes de Baião não terminam o nono ano de escolaridade, 67% não conseguem o 12.º ano e 10% da população é analfabeta.
O projecto que hoje se iniciou visa também contribuir para alterar este panorama, uma vez que de acordo com um estudo da Universidade de Aveiro, uma das razões para o insucesso educativo relaciona-se com "o nível das conversas familiares", referiu o autarca. "Pretendemos, assim, que os pais percebam e participem mais na escola e que a escola se abra e interaja com a comunidade", frisou.
A autarquia estimulou a concretização do projecto e garante agora o apoio logístico às equipas envolvidas. O projecto foi já desenvolvido no distrito de Aveiro, onde abrangeu mais de 1500 alunos de 23 escolas do 4.º ao 6.º ano de escolaridade." (In Educare.pt)


COMENTÁRIO:
Cheio de bons intenções está o inferno. O inferno dos oportunistas do ensino e da pseudo-educação. Porque é que estes cavalheiros não fazem pós-graduações sobre a "boa educação" fomentada pela maioria dos meios de comunicação social? ou pela maioria dos sítios da internet? ou pela violência dos telejornais? Como querem educar/ensinar alguém? A juventude sabe mais que nós, no meu caso reformado do ensino, sobre tantos assuntos que nem nos passam pela cabeça. Querem que eles conversem com os pais? Seria necessário levar, primeiro, os pais a conversar com os professores, o que não acontece. Eu e muitos milhares de docentes fomos vítimas de uma certa "ganância" de outros docentes universitários: arranjaram cursos e cursilhos para garantirem a "ratio" de funcionamento de certos cursos-promoções... e nós ficamos "doutores" em vez de "setores". Agora... temos a miséria social sobre a classe docente. Não foram os "pequenos" que a provocaram. Estou aposentado hà pouco tempo mas não vou ficar quieto. Vou continuar a denunciar as hipocrisias de um sistema que coloca o "carro à frente dos bois" pretendendo arrumar a casa dos outros sem que tenha arrumado a sua. Procurem educar os meios de comunicação social e teremos melhor sociedade. Será isto voltar à censura? Não é, não. Um pai ou mãe não dá ao filho, propositadamente, algo que lhe venha a fazer mal. Então porquê tanta droga, prostituição, violência, sexo, abusos anti-naturais, conversas de grandes senhores cheias de arrogância, ameaçadoras da justiça social constitucionalmente aceite, casos macabros nunca desvendados, políticos corruptos, divorciados, recasados pela enésima vez à frente dos destinos de comunidades e instituições? É a isto que chamam educar e ensinar? Podem ir viver para os polos e deixar de dar notícias.
A paz, a alegria, o bem estar psico-somático do ser humano contenta-se com muito menos e sobe muito mais alto se não tiver conhecimento destes exemplares e das suas teorias, raros hà décadas mas que, de momento, são o "jet set". Não, muito obrigado, não quero isso para os meus netos. Chega de descrédito. A. Costa Gomes

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O PROF. NUNCA TEM RAZAO....

Os professores nunca têm razão

Se é jovem, não tem experiência;
Se é velho, está ultrapassado.·
Se não tem carro, é um coitado;
Se tem carro, chora de barriga cheia.
Se fala em voz alta, grita;
Se fala em tom normal, ninguém o ouve.
Se nunca falta às aulas, é parvo;
Se falta, é um "turista".
Se conversa com outros professores, está a dizer mal do Sistema;
Se não conversa, é um desligado.
Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;
Se não dá, não prepara os alunos.
Se brinca com a turma, é palhaço;
Se não brinca, é um chato.
Se chama a atenção, é um autoritário;
Se não chama, não se sabe impor.
Se o teste é longo, não dá tempo nenhum;
Se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons.
Se escreve muito, não explica;
Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala correctamente, ninguém entende patavina;
Se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário.
Se o aluno reprova, é perseguição;
Se o aluno passa, o professor facilitou.
É verdade, os profs. nunca têm razão…
Mas se você conseguiu ler tudo até aqui, agradeça-lhes a eles.

Desconheço a Autoria

terça-feira, 6 de novembro de 2007

"JACOBEUS ACEFALOS"

PS aprova Estatuto do Aluno
Lusa| 2007-11-06
A maioria socialista aprovou hoje, com os votos contra de toda a Oposição, o novo Estatuto do Aluno, que permite que os estudantes passem de ano sem frequentar as aulas, desde que sejam aprovados nas provas de recuperação.

Os prazos definidos originalmente continuam a aplicar-se, mas agora aos alunos que faltarem justificadamente, uma das medidas mais criticadas pela Oposição, que não aceita que um estudante que esteja ausente por doença, por exemplo, seja sujeito ao mesmo regime que um que não compareça "para ficar a jogar bilhar".

Apesar das duas ligeiras alterações introduzidas, a terceira e última proposta dos deputados do PS mantém a possibilidade de um aluno transitar de ano sem comparecer nas aulas, desde que obtenha aprovação na prova de recuperação, não sendo definido qualquer limite para o número de testes a que pode ser sujeito.

"Há um grande cuidado do PS em facilitar a vida aos alunos faltosos, mas fica completamente esquecida qualquer mensagem aos alunos cumpridores, que agora não têm qualquer estímulo", acusou o deputado social-democrata Emídio Guerreiro. A crítica foi partilhada pelas restantes bancadas da Oposição, que acusam o Governo e a maioria parlamentar de "menosprezar o valor da assiduidade" e "mascarar as estatísticas" do abandono escolar.

"O PS vai conseguir um fenómeno estatístico espectacular em toda a Europa que é o de acabar com o abandono escolar de um ano para o outro, já que se um aluno não puser os pés na escola e só aparecer de três em três meses não é considerado como estando em condições de abandono", criticou o deputado do CDS-PP, José Paulo de Carvalho, classificando como "um erro histórico e colossal" a aprovação deste diploma.

O estatuto do aluno até agora em vigor, introduzido em 2002 no Governo PSD-CDS/PP, previa a retenção automática de um aluno do Ensino Básico que excedesse o limite de faltas injustificadas ou a sua imediata exclusão da frequência de uma disciplina, no caso de estar no Secundário.

"Agora o aluno vai poder faltar o que quiser e não pôr os pés nas aulas, desde que vá passando nas provas de recuperação a que for sendo sujeito, o que põe em causa o princípio fundamental da avaliação contínua", criticou igualmente João Oliveira, do PCP.

Além das críticas ao diploma hoje aprovado na Comissão Parlamentar de Educação, os deputados de toda a Oposição criticaram duramente o processo de discussão do estatuto, com a apresentação de sucessivas propostas de alteração por parte do PS.

"Desnorte", "leviandade", "gestão política desastrosa" e "vontade de instalar a confusão" foram algumas das expressões utilizadas pela Oposição para classificar a actuação da maioria neste processo, que deixou desautorizada a ministra da Educação, segundo todos os partidos.

"A ministra veio a público defender uma proposta do PS e o PS alterou-a, depois a ministra veio defender novamente a segunda versão e o PS voltou a alterá-la. Hoje ficou totalmente reforçada a total falta de autoridade política da ministra, que foi desautorizada por três vezes, no espaço de uma semana", salientaram os democratas-cristãos.

Na resposta às críticas, o PS acusou a Oposição de "esquizofrenia" por habitualmente classificar a maioria de ser arrogante e não ouvir os restantes partidos e hoje apelidá-la de "hesitante" por alterar a sua proposta e acolher sugestões de outras bancadas.

NOTA:
NÃO ACREDITO QUE NO PS NÃO APAREÇA UM ÚNICO "JUSTO" como pediu Nosso Senhor a Moisés antes de destruir Sodoma e Gomorra.
POBRES PROFESSORES que mais papéis tereis de preencher, mais provas e reuniões tereis de fazer para NADA.
POBRE SOCIEDADE que entrega os filhos a um estado hipocritamente democrático, arrogantemente ditador, estupidamente paternalista, incompetente condutor de cegos para formar uma sociedade de outros cegos. Nem sabe pescar nem ensinar a pescar: limita-se a dar o peixe que a Comunidade Europeia lhe tem oferecido.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

AGRADECIMENTO

26 de Outubro de 2007

NA APOSENTAÇÃO- AGRADECIMENTO

Para além do agradecimento desta homenagem, tão simpática, que nos estão a fazer, gostava de falar um pouco do meu percurso na EFS, mais do que tentei fazer do que daquilo que fiz .Levaria muito tempo.
Direi, somente, que não fiz mais do que cumprir os meus deveres de docente e de dinamizador da boa convivência na comunidade escolar.
O que tentei fazer posso dizer que ficou na gaveta. Foi a parte em que falhei como profissional da educação, não do ensino.
1) Não consegui promover a uniformização de critérios de actuação dos docentes, perante os problemas, sobretudo disciplinares, que os alunos nos apresentam. Comecei a falar no assunto, em Conselho Pedagógico, há mais de 20 anos.
2) Não consegui compreender a finalidade de tanta legislação, própria de quem não sabe de onde vem nem para onde vai, mas com febre de inovação a qualquer preço, desde o “retido ao transitou”, do “aprovado, não aprovado, reprovado”, dos “PDAs” que ora eram obrigatórios mas logo já não eram, até às alterações anuais das regras do jogo no que se refere a provas e exames no final dos ciclos.
3) Não consegui compreender (e isto foi o pior que podia ter acontecido à EFS) que os mandantes não tivessem, e continuem a não ter, uma ideia do que deve ser um edifício escolar, coisa que os finalistas da escola Primária já sabem definir, e nos tenham imposto pavilhões industriais para dar aulas e educar uma comunidade de 1500 alunos.

Estas mágoas acompanharam-me sempre, impotente, como todos os outros colegas, para melhorar as situações que nos impuseram.
Considero muito difícil ser bom executivo, bom docente e bom auxiliar educativo numa escola com as características da FS. Vocês continuarão a ser uns heróis se conseguirem cumprir as vossas tarefas.

Saio, porém, com a consciência de que fiz tudo no sentido de cumprir as minhas obrigações como docente e de ter ido um pouco mais além.

Agora, apesar de continuar com muitas actividades e com permanentes solicitações, já não sinto a asfixia e a pressão psicológica da entrada numa sala de aulas em que, por azar, poderia ser surpreendido por alguma cabecinha intempestiva ou mal torneada.
Como aposentado, embora livre dessa pressão, não posso deixar de contar com outros problemas, outras dificuldades próprias da degradação física e, porventura, psíquica. Convém, por isso, conservar estas amizades cimentadas ao longo de muitos anos. Para tal, pretendo recorrer àquilo em que os políticos mais apostam e parecem acreditar que vai ser o motor para toda a economia e felicidade do homem: as novas tecnologias. Na verdade não são assim tão novas. Na EFS já andamos atrás dos “bits” e dos “bites” há 22 anos.
Eis a minha proposta: termos conhecimento do endereço electrónico de cada colega, aposentado ou não, e promover, através de um “blog”, o diálogo, a permuta de ideias, a critica construtiva sobre qualquer assunto, a análise de problemas sócio-económicos, o estado de saúde e bem-estar dos colegas, e, porventura, projectar eventos, etc. Seria uma maneira de continuar a sentirmo-nos família e de partilhar alegrias e tristezas. Vamos nessa?

Aqui deixo o repto.
Muito obrigado pela vossa amizade e por esta homenagem.

A. Costa Gomes

APOSENTAÇAO-Data significativa


Na vida de uma pessoa há momentos marcantes: o do nascimento (embora não nos lembremos), a 1ª Comunhão, a entrada para a escola, o 1º dia de namoro, o casamento, o início de uma actividade profissional, a aposentação.... sei lá. Neste momento acontece-me ser aposentado ou reformado. Foram quase 38 anos de actividade lectiva, com poucas faltas pelo meio, com projectos iniciados e acabados e outros que nem tanto. Foram colegas, muitas dezenas, que fui conhecendo e criando amizades em termos profissionais e não só. Foram milhares de alunos que me tiveram de ouvir e eu de "aturar" alguns (talvez mais que alguns). De muitos, fico com saudades. De outros, nem tanto. Que a sorte proteja a todos.
Começo novo modo de viver o dia-a-dia enquanto Deus mo permitir. Tenho muitas ideias, muitos projectos, muitas propostas, muitas solicitações. Vou fazer o que puder. Não serei homem de café nem de tertúlias. Gosto muito de estar só, do silêncio interior, da calma do lar com a esposa. Um passeio ou outro? Talvez. Dependerá da vontade dos dois. Bem gostava de ter os meus netos por perto... mas ficaram pelo Ribatejo. Isso já está integrado na "flexi...." qualquer coisa.
Não vou deixar as amizades que, ao longo destes anos, fui conquistando e cimentando. Eu fui para eles e eles são para mim. Sei que posso contar e eles sabem que podem contar. Não os quero perder. Longe da vista longe do coração.... Não quero isso.
Amanhã, dia 26 de Outubro de 2007, vão prestar-me homenagem. A mim, à Manuela Carreira e ao António Macedo no restaurante Expositor. E parece que vai haver música. São surpresas sempre agradáveis. Às vezes, imerecidas. A todos fico muito grato, mesmo aos que não vão estar presentes. Exactamente para que perdure a amizade entre nós e continuemos a criar e recriar projectos para mantermos as sinapses cerebrais em bom funcionamento é que decidi criar este BLOG.
Costa Gomes