terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Dar boas notas como acesso ao topo....


O recém-revisionado ECD tem uma mãe que, por menos por sua iniciativa, o gerou: Maria de Lourdes Rodrigues. Não sei se tem pai pois desconheço, na Europa dita progesssista, qual o país com um ECD semelhante. Creio, portanto, que é filho de "pai incógnito" o recauchutado ECD . Prima pelas novidades patéticas que, a seu tempo, poderão ser mote para um teatro de revista à portuguesa. Só faltava esta de o professor ser avaliado pelas notas que dá aos alunos!.... "Cabecinha pensadora".... Querida Maria de Lourdes, acha que alguém quererá reprovar um aluno por maldade, por ódio, por inveja, por vingança, por... ! A Senhora alguma vez foi docente e sabe o que significa gastar meia hora ou mais, numa turma de 25 alunos, por causa de uma ou duas negativas em excesso, num impasse de "deve, não deve" passar, mas se..., porque o outro passou e... se passar é melhor para ele.... caso contrário... E isto com dois, três ou mais alunos da mesma turma?!... Acha que temos algum prazer em gastar tanto tempo com estas "pestinhas"?! Não aceita que muitos destes alunos não só estragaram as aulas durante um ano inteiro mas também nos "moeram" a cabeça porque nós, minimamente responsáveis, não podemos aceitar que um ou outro aluno desestabilize constantemente as aulas de uma determinada turma?! E parece-lhe, Srª Ministra, que se os sujeitar a uma determinada prova vão preparar-se para ela?! Isso poderá acontecer numa percentagem ínfima e só em casos de pais conscientes e responsáveis.
Vossa Excelência quer que os docentes atribuam resultados positivos a alunos aplicados e aos não aplicados. Aos aplicados, mesmo que muito desprovidos de capacidades, nós já atribuimos níveis positivos só pelo esforço e pela presença atenta nas aulas. Os "não" aplicados, na maioria dos casos, também são alunos sem interesse pela escola e sem apoio parental. São alunos sem qualquer motivação a não ser para a brincadeira em momentos inoportunos. Vossa Ex.º quer que os docentes se ponham de joelhos diante deles e lhes peça, pelas almas deste e do outro mundo que, pelo menos, estejam calados para ter um nível positivo. De facto isto traz duas vantagens: para o docente, que também obterá mais uma razão favorecedora da sua própria avaliação; e para o aluno que, continuando sem qualquer motivação nem para o dia de hoje nem para o de amanhã, mais tarde ou mais cedo terá um diploma, igual ao daqueles colegas que se esforçaram, só que não lhe servirá para nada pois, a sociedade em que talvez se venha a inserir, encarregar-se-á de o por de lado e de separar o "trigo do jóio".
Causa pena verficar que os nossos políticos andam constantemente em passeio (dizem que é em trabalho) pelos paises mais desenvolvidos e nada conseguem aprender. Importam umas cosméticas para esta ou aquela ária e tentam fazer com que certas medidas peguem por "geração espontânea" sem preparar o terreno. Os "iluminados" deste governo não têm feito, nem mais nem menos, do que o que todos os anteriores andaram a fazer: experiências e mais experiências. Os resultados finais são sempre os mesmos: somos um país de burros que conduzem outros burros e como estes não gostam muito de andar para a frente, fartam-se de dizer mal dos que vieram atrás deles. Nos últimos vinte anos não se fez mais nada senão alterar o sistema educativo e nada do que se fez veio melhorá-lo. Instalou-se o "não te rales", "deixa correr", o "quanto pior, melhor", o "facilitismo", a descrença da sociedade no sistema , o descontentamento dos docentes, dos encarregados de educação, dos alunos.....