quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

TIO DE ALUNO ESPANCA PROFESSOR


Eis um exemplo das "amplas" liberdades conquistadas pelos filhos do 25 de Abril: as pinturas murais. A "mosca" não pode ver a brancura do colarinho lavado de fresco!!!!
Um professor de Inglês foi agredido, ontem ao final da tarde quando saia o portão da EB2,3 Dr. Francisco Sanches, alegadamente, pelo tio de um aluno do 5º ano que tinha sido expluso da aula por estar a fazer barulho.
A vítima foi socorrida e transportada pelos Bombeiros Voluntários de Braga para o Hospital de S. Marcos por volta das 19 horas. Depois de receber tratamento hospitalar às várias escoriações na face e na cabeça, o professor recebeu alta perto das 21 horas.

“Estava no conselho pedagógico quando fui confrontado com alguns colegas preocupados porque o tio de um aluno tinha entrado na escola, ameaçado fisicamente e insultado tudo e todos com nomes impróprios”, começou por contar ao ‘Correio do Minho’ o presidente do conselho executivo da escola, Jorge Amado.

O tio acabou por sair daquele estabelecimento de ensino, mas quando o professor chegou ao portão para se ir embora foi, alegadamente, surpreendido pelo tio do rapaz. “Empurrou o professor e esmurrou-o violentamente na cara e na cabeça. Ficou com sangue a sair pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos”, disse, ainda visivelmente transtornado, o responsável. E atirou: “esta atitude foi premeditada, não foi um acto espontâneo. Ele esperou pelo professor à porta e depois de lhe bater foi embora de carro como se nada tivesse acontecido. O professor nem teve tempo de reagir”.

Depois do sucedido, “foi apresentada queixa à PSP com todos os factos referentes ao caso e a matrícula da viatura em que o tio se foi embora com o aluno”. Entretanto, o caso também vai ser entregue ao Ministério da Educação.
O motivo da alegada agressão está, segundo o presidente do conselho executivo, na participação disciplinar do mau comportamento do aluno, que o docente de Inglês apresentou ontem à tarde.

“O professor chamou a atenção do aluno por estar a interromper o teste, fazendo barulho com os pés. O rapaz, de 11 anos, não obecedeu e o docente levou-o ao conselho executivo”, informou o presidente, com base na participação feita pelo professor de Inglês.
Depois da participação disciplinar o estudante foi ao conselho executivo para cumprir uma tarefa na biblioteca. “Quando regressou à sala disse que o conselho executivo não fez nada e que o pai ia dar um murro ao professor”.

Jorge Amado garantiu que o mau comportamento do rapaz já não é de agora. Ao que parece o aluno está repleto de “queixas”. “Tenho aqui uma data de participações desse aluno por estar a perturbar a aula, por não fazer os trabalhos de casa, por não trazer o caderno diário”, assegurou o representante da escola, referindo-se, ainda, “às cartas registadas que foram enviadas para a encarregada de educação pelo mau comportamento sistemático do filho”.

Os alunos, lamentou Jorge Amado, “reflectem os pais que têm e esta situação lamentavelmente, é antiga, já não é de agora. O aluno não respeita ninguém e tem algumas faltas”.
O professor agredido, segundo o presidente, é “pacífico e muito calmo. É o tipo de professores que não faz este tipo de participação, mas hoje (ontem) foi o limite”, defendeu.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

NOVAS OPORTUNIDADES... Novo oportunismo


EIS A OPINIÃO DE ALGUÉM QUE COMEÇOU A FREQUENTAR AS NOVAS ......

As novas oportunidades podiam ser algo de interessante,se funcionassem como deve ser; isto é, o processo RVCC apenas certificava quem tinha os conhecimentos necessários, enquanto o EFA dava a formação necessária a quem não a tinha.
Mas não é assim e eu sei do que falo. Tenho alguns meses de frequência no EFA secundário, mas quando percebi que me queriam mesmo impingir um diploma, tratei de me pôr ao fresco.

Em primeiro lugar somos obrigados a escrever a nossa história de vida,coisa que não acho minimamente ética, pois a vida pessoal é de cada um, que deve ser livre de a contar ou não. Também nunca percebi para que serve tal obrigação e até o facto de querem fotos e tudo.

O resto baseia-se em seis trabalhos, sobre os temas de vida, e um projecto final.
Quanto à formação que era suposto ser dada,ficou muito reduzida e ainda assim só aconteceu por insistência de alguns (poucos) formandos e creio que de alguns formadores que tentavam levar a coisa mais a sério. Mas era muito pouca e rápida. Aquilo que nós aprendiamos ou que tinhamos capacidade para aprender não contava para nada.

Apenas os trabalhos davam créditos. São necessários, no mínimo, 44 de um total de 88 créditos possíveis.

Quanto ao referencial de competências chave não serve para nada, pois a pessoa pode ser certificada e nem conseguir escrever uma frase sem dar meia dúzia de erros, já para não dizer que os trabalhos podem ter sido feitos por terceiros.
Também me apercebi que os trabalhos iriam ser corrigidos até à exaustão, até não restar uma única vírgula fora do lugar e claro, estarem lá no mínimo os 44 créditos.

Com tanta correcção alguns trabalhos serão mais obra dos formadores que dos formandos.
Mas tem que ser assim, o governo quer e as escolas ou entidades que ministram os cursos querem receber o subsídio, que já ouvi dizer não é pouco...

O projecto final também tem que se lhe diga. Por exemplo, se o formando estiver a construir uma casa pode aproveitar o projecto feito pelo arquitecto...

Os cursos EFA secundário têm uma carga horária de 1150 horas, ao longo de mais ou menos 18 meses, que bem aproveitados em formação dariam melhor resultado.

Quanto à assiduidade nem é bom falar: as pessoas já sabem que vão ter o diploma de qualquer maneira, portanto não estão para se chatear.

Tem razão o José Sérgio Costa quando fala na possível desmotivação dos alunos do ensino regular, face a estes facilitismos. Uma vez coloquei essa questão ao coordenador de curso... não obtive resposta.
Muito mais havia para dizer, mas fico por aqui...

Filipa Lopes