O sistema educativo não estava famoso, mas não precisava, Senhora Ministra da Educação, de aparecer para estragar o resto!
Vem, V/ Exa., perguntar agora o que estão 30 professores a fazer numa sala de professores?
Sabe que também me coloco (e coloquei aqui) essa questão muitas vezes? E sabe o que estão lá a fazer?
O que V/ Exa. mandou: a cumprir horário! Não aumentou a carga horária dos docentes? Esqueceu-se, foi?
Tal como as utilíssimas «aulas de substituição» em que V. Ex.ª coloca um professor de Matemática a substituir um de Educação Física e vice-versa.V/ Exa. Manda e os professores obedecem! Não têm alternativa, não é verdade?
Pode, portanto, V/ Exa. orgulhar-se dos resultados obtidos! Eles são a consequência da sua «reforma»!
Mas não se preocupe pois vão piorar! Com o escabroso Estatuto da Carreira Docente que V/ Exa. inventou, os resultados só podem evidentemente piorar! Nenhuma reforma, nunca, se conseguirá impor por decreto-lei nem contra a vontade da maioria dos envolvidos!
Os professores, obedientemente, cumprem e cumprirão sempre as suas ordens! Contrariados… muito contrariados… mas cumprirão! Não lhes pode é pedir que, apesar de tudo, as cumpram de sorriso nos lábios, felizes, contentes e totalmente envolvidos com as suas orientações! Não há milagres!Cumprirão e ponto final! Que é o que V. Exa. quer?Não se pode, portanto, queixar. Continue a mandar assim e verá a tal curva de crescimento em queda absoluta.
É que não pode V/ Exa. exigir que se cumpram 35 horas de serviço na escola e se venha para casa preparar fichas de trabalho… apontamentos… actividades…estratégias… visitas de estudo… grelhas… avaliações… relatórios… currículos alternativos…programas adaptados… trabalhos em equipa… etc.… etc.… etc.·
V/ Exa. Tem família?
Saberá, porventura, o que é a dor de um pai que se vê obrigado a negligenciar a educação e o crescimento do seu próprio filho para acompanhar os filhos dos outros? Esquece V/ Exa. Que os professores também são pais? Também são pais, Senhora Ministra! Pais!
Que estabilidade emocional pode um professor ter se V/ Exa. resolve, 30 anos depois de Abril, impedir os professores de acompanharem os seus próprios filhos ao médico … à escola… aos ATLs? Não têm os pais que são professores os mesmos direitos dos outros pais?
Conhecerá V/ Exa. a dor de uma mãe que se vê obrigada a abandonar o seu filho, prometendo-lhe voltar dali a uma semana?
E quer V/ Exa. motivação natural?
Com a vida familiar desfeita?
Não é do conhecimento público que os professores são os maiores clientes dos psiquiatras? E que é entre os professores que se encontra a maior taxa de divórcios?Porque será, Senhora Ministra? Motivação?
Motivação, como? Se V/ Exa. obriga os professores a fazerem de auxiliares de acção Educativa?
Motivação, como? Se V/ Exa. obriga os professores a estarem na escola mesmo sem alunos? Motivação como se V/ Exa. obriga a cumprir 35 horas na Escola mesmo não tendo esta os meios essenciais para que se possa trabalhar.
Motivação, como? Se temos que pagar fotocópias, tinteiros para as impressoras da Escola…canetas… papel?
Motivação, como? Se o clima é de punição e de caça aos mais frágeis?
Motivação, como? Se lava as mãos como Pilatos e deixa tudo à deriva passando toda a responsabilidade para as escolas?
Não é função de V/ Exa. resolver os problemas?
Não seria mais produtivo trabalhar ao lado dos professores?
Motivação, como? Se de cada vez que abre a boca para as televisões fá-lo para tentar virar toda a sociedade portuguesa contra a classe?
Motivação, como? Se toda a gente percebe que o seu objectivo é dividir para esfrangalhar a classe e poupar uns cobres?
Quer lá V. Exa. saber da qualidade do Ensino para alguma coisa!.... Quer é poupar!
O que vale é que por todo o país a opinião pública – e principalmente os Pais – já se estão a aperceber disso.
Motivação, como? Se V/ Exa. tem feito de tudo para isolar os professores dos alunos, dos pais, dos Sindicatos, da sociedade em geral?· E fica V/ Exa. admirada com os resultados?
Não eram estes os resultados que esperava obter quando tomou posse e iniciou a sua cruzada contra os professores?
A sua estratégia é a mesma daqueles professores que V/ Exa. acusa de não estarem preocupados com os resultados escolares dos seus alunos. Sabe, Senhora Ministra da Educação?
O sucesso não depende do manual… como não depende de decretos---lei!
O sucesso depende do envolvimento que o professor consegue com os seus alunos!
Depende da capacidade de motivar! Depende da capacidade de o professor ir ao encontro dos interesses dos seus alunos.
Depende da relação professor-aluno! - a tal que V/ Exa. queria que fosse avaliada por alguém de fora da escola!
A mesma que, se fosse feita a V/ Exa., daria nota zero.
E, já agora, Sra. ministra, já que a esmagadora maioria (quase totalidade) dos seus colegas de governo são reformados – alguns 2 vezes – siga-lhes, por favor, o exemplo. Eu não me importo de trabalhar até aos setenta se V. Exa. se reformar já - mas da política! Pode ser?
NOTA: esta mensagem apareceu-me na caixa de correio e não resisti em colocá-la aqui como documento de reflexão. Ao que nós chegamos! Quem não tem saudade de outros tempos?!
domingo, 10 de fevereiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
MANUAIS ESCOLARES FACULTATIVOS
Mais um tiro na "arte de bem ensinar". Não fazem falta alguns manuais escolares!!!!
Vou falar da minha área disciplinar: a música. Passei trinta e oito anos a exigir aos alunos pouco material como essencial: caderno pautado, lápis e flauta. O manual nunca me preocupou. Parti sempre de uma melodia-canção e, a partir dela construia a aula. Nunca gostei de fazer aulas para "menino entreter". A finalidade não era essa. Há um programa definido que deve ser concretizado e avaliado a nível nacional. Assim acontece em disciplinas sujeitas a exames nacionais. Porque não com a música? Há aspectos concretos em cada disciplina que, pouco a pouco, têm de ser ministrados para que o aluno obtenha os "skills" (gosto tanto destes inglesismos!...) que o legislador teve em vista quando organizou o programa. Na disciplina de Educação Musical, na última dúzia de anos, apareceram em forma de objectivos a atingir, mas esqueceram-se de apresentar modelos dos passos intermédios que o professor deve percorrer e explicar ao aluno. São um conjunto de "boas intenções" sem uma proposta de tarefas concretas tais como: leituras, ditados, interpretações de ritmos e melodias, execuções das mesmas na flauta, audições comentadas, canto a uma e mais vozes.... Surgiram, a partir de meados da década de oitenta, manuais até dizer "basta", qual deles o pior. Muita história da música, mais mundial do que nacional, melodias (quantas vezes cheinhas de erros, sobretudo no que se refere à falta de respeito pela acentuação tónica) que nada tinham a ver com a nossa cultura nem com a faixa etária (10-12 anos), muita cor e bonequinhos falantes. Como se isso não chegasse, passavam um atestado de incompetência aos professores: passaram a vir acompanhados de um ou mais CDs para "ajudar" a exemplificar os conteúdos. Para mim, docente que passou por todos os graus de ensino (genérico e vocacional), o melhor manual para o ensino genérico, mesmo escrito à mão, foi o de José Firmino com estratégias bem definidas em relação aos objectivos a alcançar e previstos nos programas. Depois desse manual, seguido por milhares de docentes em todo o País, mesmo sem obrigatoriedade de aquisição por parte dos alunos, apareceram imensos que só vieram causar perturbação na docência da disciplina de música e noutras. Perante este panorama causou-me espanto a obrigatoriedade de realizar provas escritas para alunos auto-propostos nas disciplinas de música, área de projecto, educação física,etc. Em termos de escrita não há nada de concreto nestas três disciplinas. Mas é obrigatório realizar provas "para inglês ver" e complicar a vida aos alunos. Havia mais responsabilidade no que se fazia e exigia quando o mais importante era "saber ler e contar".
A minha experiência diz: faça-se um pequeno livro de âmbito nacional (de preferência, regional) com três dúzias de melodias, das mais simples para as mais complexas (um acidente ou dois) e deixem que os professores explorem essas melodias no que se refere ao canto, ao ritmo, à melodia, à execução na flauta, à harmonização ORFF, etc. Não são capazes? Então é necessário enviá-los para a "reciclagem". Ah! E digam com clareza o que é que o aluno é obrigado a levar para a aula x, y ou z. Não convém dar tanta liberdade de interpretação da lei num País que é tão pequeno. Demasiada democracia também é vício e, sobretudo, inoperância.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
AINDA SOMOS OS MELHORES....
É bom saber que o grande público confia mais nos professores do que nos políticos. Até devia ser o contrário pois estes é que mandam naqueles. Daí terem obrigação de serem mais coerentes, mais sensíveis à problemática educacional procurando incutir em todas as camadas sociais a importância de ser mais educado e mais culto. Esta é a medida pela qual se mede uma sociedade evoluida. Na verdade, enquanto os políticos, aqueles que tratam da "res publica" e que deveriam ser modelos a imitar no que se refere a "virtudes" humanas, são incapazes de "mexer" com situações sociais estabelecidas, sobretudo com os super poderosos da comunicação social que se consideram "neutros" quanto à tarefa educativa, implicam com os professores por não serem capazes de educar e ensinar quando têm a oposição de poderosos "lobys" vocacionados para o lucro a qualquer preço mesmo que seja destruir o que de mais básico existe no ser humano: o direito a ser alguém e a ocupar, com dignidade, um lugar na sociedade. Não é a eles que compete formar mas somente informar, mesmo que a notícia seja desadequada para determinado público e contraproducente para se produzir um juizo de valor. A "caixinha" pode vomitar tudo para o grande público sem qualquer auto-censura; quem não quiser "ouver" que desligue o botão!!!!
Ora bem! Os políticos podem interferir na vida promovendo e legislando o aborto; podem interferir na minha liberdade mandando-me fumar para a rua; podem gastar o dinheiro dos meus impostos a seu bel-prazer fazendo e desfazendo obras de necessidade e valor duvidoso quando não descaradamente perniciosas; podem mandar demolir "prédios coutinhos" mas construir outros iguais ou piores noutros locais; podem sacar dos bolsos dos contribuintes contribuições desmesuradas mas não conseguem controlar os gastos das autarquias; podem implicar com direitos adquiridos pelos pequenos mas não conseguem mexer nos super e escandalosos "direitos" de certas elites plantadas na Capital mas com grandes herdades de fim de semana angariadas com mesadas de meia dúzia de anos de "profícuo" serviço à comunidade; podem abrir inquéritos e ameaçar as autoridades policiais quando, com a preocupação de manter a ordem pública e defender a própria vida acontece de atingir, ferir ou matar o agressor; defendem este mas atacam aquele em nome de uma certa informação social que, para não atacar os políticos, atacam os polícias; podem espezinhar todos os professores sem distinguir os cumpridores dos "baldas"; podem obrigar a estar na mesma sala os alunos interessados em trabalhar e os quem constantemente prejudicam as aprendizagens dos restantes. Tudo isto em nome de uma falsa integração. Em nome de uma generalizada confusão daquilo que deve ser a integração. Se não respeito as regras da convivência social como posso ser integrado nessa mesma sociedade? Ela própria encarrega-se de me marginalizar e expulsar.
Não são capazes, em nome de uma falsa liberdade, de censurar os "morangos", os "tonecas" e outros programas que são verdadeiras escolas daquilo que não deve fazer um aluno na sala de aula. Não são capazes de censurar, em nome de uma juventude que deve crescer em ambiente sadio, física e mentalmente, séries e novelas que promovem a corrupção da língua mãe, dos bons costumes civilizacionais, da ética social, do bom nome a que todos têm direito.... Vejam-se certos debates televisivos, certas afirmações de pessoas altamente "ir-responsáveis", certos confrontos verbais de baixo nível... Pedem responsabilidades? Só se houver ofensa para altas dignidades!
Deixem os professores serem professores e livrem-nos de burocracias sem qualquer sentido. Incentivem, promovam e divulguem as boas práticas lectivas e tenham bem presente que o professor é um ser humano e não um número, uma peça de máquina que, simplesmente, tem de produzir. Por aí, não vão lá. Pensem, também, que têm a sua família e, por isso, não podem andar de "Anás para Caifás" sempre com as trouxas às costas quais ciganos sem eira nem beira. Políticos, sede-o no pleno sentido etimológico da palavra. Não governeis por sondagens nem por impulsos emocionais. "Roma e Pavia não se fizeram num dia". Estão a fazer algumas reformas bem feitas mas à custa do "terror" generalizado. É assim que querem continuar? Ainda bem que a sociedade confere o maior grau de confiança aos professores. Não têm inveja? É pena.....
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Avaliaçao dos Professores
"Pois, a professora Isabel vê-se mesmo que está reformada, pois se estivesse no activo, em início de carreira, com um filho de 10 meses, casa para pagar... não pensaria desta forma. Se estão a formar maus professores, têm de agir antes e não depois de um curso tirado. Imagine que, após 4 anos de serviço docente no ensino público, lhe dissessem que precisaria de fazer um exame para o ingresso na carreira docente. Gostava, de um momento para o outro, de sentir o chão a fugir-lhe dos pés? As pessoas têm de aprender a colocar-se no lugar dos outros."
Este comentário colocado no "sítio" EDUCARE.PT, com certeza por uma docente ainda muito nova, exprime completamente a desolação de "ser professor agora". O que os actuais governantes exigem é injusto e desumano. É mexer com os sentimentos mais básicos da pessoa que optou por "ser professor". Na verdade este género de provas estão completamente deslocadas no tempo: estuda-se quatro ou cinco anos com a finalidade de se tornar um docente e, só depois de iniciar a profissão para a qual se preparou é que se é avaliado no sentido de verificar se tem ou não aptidões para o exercício. Se isto não é trágico... gostaria que me explicassem o que é uma tragédia....
Porque não fazem, à semelhança do curso de enfermagem, logo nos primeiros anos do curso superior, testes para verificação de aptidões? Seria uma maneira mais honesta de aconselhar o "candidato a docente" a mudar de "combóio" atempadamente. Agora, como diz a Isabel, fazer as provas depois de o "combóio" iniciar a marcha.... e- que o diabo seja surdo - ter o azar de mudar o sentido de marcha....! São brincalhões os nossos mandantes. Tratam-nos como peças de uma máquina tal como noutras latitudes ainda acontece com alguns regimes políticos. É que, na antiga senhora, os professores eram tratados com mais respeito. Eu venho de lá e não tive queixa nenhuma. Mais: com o Sr. Marcelo Caetano estavam a abrir-se perspectivas de melhores dias; as mesmas que surgiam em Espanha que, graças à transição pacífica, estão hoje muito melhor do que nós, terra de capitães de Abril, rapazes eufóricos mas imaturos para governar a sua própria casa, quanto mais uma nação....
Senhores governantes, pensam que vão melhorar a situação sócio-económica do País investindo contra a Escola, contra os agentes da segurança, contra os funcionários públicos, contra.... Enganam-se. Ninguém produz debaixo do medo do chicote, sobretudo o psicológico e emocional. Havia muita "balda". É verdade. Mas foram os de cima, os mandantes que fomentaram a mesma "balda", o facilitismo, a "arte de bem se governar em pouco tempo". Eles aí estão, bem governados com reformas de bradar aos céus e, em muitos casos, ainda no activo com outros vencimentos de fazer inveja aos novos licenciados sem hipótese de emprego, estatal ou particular. E continuam a ter aumentos como os restantes embora "só de 2,1%". É que, em muitos milhares de euros dá algumas dezenas ou centenas, enquanto para a maioria dá alguns cêntimos. E que tal? Vale a pena ganhar muito ou não? Foi com este disparate de aumentos iguais para todos, ao longo de muitos anos, que se cavou um fosso intransponível na sociedade portuguesa, fosso que jamais será corrigido.
Recordo o exemplo de um industrial de massas italiano. Um dia resolveu fazer a experiência de viver, durante um mês, com o vencimento mensal de um dos seus empregados: mil euros para si e outros mil para sua mulher. Por volta do dia vinte, após toda a contenção possível, verificou que já não tinha mais dinheiro para o resto do mês. Pensou: como é que os meus funcionários hão-de andar satisfeitos e produzir se têm de fazer uma enorme ginástica para que o vencimento chegue para todo o mês? E tomou uma decisão: subir 200 euros a todos os funcionários.
NÃO QUEREM EXPERIMENTAR?!.... Janeiro/23/08
Este comentário colocado no "sítio" EDUCARE.PT, com certeza por uma docente ainda muito nova, exprime completamente a desolação de "ser professor agora". O que os actuais governantes exigem é injusto e desumano. É mexer com os sentimentos mais básicos da pessoa que optou por "ser professor". Na verdade este género de provas estão completamente deslocadas no tempo: estuda-se quatro ou cinco anos com a finalidade de se tornar um docente e, só depois de iniciar a profissão para a qual se preparou é que se é avaliado no sentido de verificar se tem ou não aptidões para o exercício. Se isto não é trágico... gostaria que me explicassem o que é uma tragédia....
Porque não fazem, à semelhança do curso de enfermagem, logo nos primeiros anos do curso superior, testes para verificação de aptidões? Seria uma maneira mais honesta de aconselhar o "candidato a docente" a mudar de "combóio" atempadamente. Agora, como diz a Isabel, fazer as provas depois de o "combóio" iniciar a marcha.... e- que o diabo seja surdo - ter o azar de mudar o sentido de marcha....! São brincalhões os nossos mandantes. Tratam-nos como peças de uma máquina tal como noutras latitudes ainda acontece com alguns regimes políticos. É que, na antiga senhora, os professores eram tratados com mais respeito. Eu venho de lá e não tive queixa nenhuma. Mais: com o Sr. Marcelo Caetano estavam a abrir-se perspectivas de melhores dias; as mesmas que surgiam em Espanha que, graças à transição pacífica, estão hoje muito melhor do que nós, terra de capitães de Abril, rapazes eufóricos mas imaturos para governar a sua própria casa, quanto mais uma nação....
Senhores governantes, pensam que vão melhorar a situação sócio-económica do País investindo contra a Escola, contra os agentes da segurança, contra os funcionários públicos, contra.... Enganam-se. Ninguém produz debaixo do medo do chicote, sobretudo o psicológico e emocional. Havia muita "balda". É verdade. Mas foram os de cima, os mandantes que fomentaram a mesma "balda", o facilitismo, a "arte de bem se governar em pouco tempo". Eles aí estão, bem governados com reformas de bradar aos céus e, em muitos casos, ainda no activo com outros vencimentos de fazer inveja aos novos licenciados sem hipótese de emprego, estatal ou particular. E continuam a ter aumentos como os restantes embora "só de 2,1%". É que, em muitos milhares de euros dá algumas dezenas ou centenas, enquanto para a maioria dá alguns cêntimos. E que tal? Vale a pena ganhar muito ou não? Foi com este disparate de aumentos iguais para todos, ao longo de muitos anos, que se cavou um fosso intransponível na sociedade portuguesa, fosso que jamais será corrigido.
Recordo o exemplo de um industrial de massas italiano. Um dia resolveu fazer a experiência de viver, durante um mês, com o vencimento mensal de um dos seus empregados: mil euros para si e outros mil para sua mulher. Por volta do dia vinte, após toda a contenção possível, verificou que já não tinha mais dinheiro para o resto do mês. Pensou: como é que os meus funcionários hão-de andar satisfeitos e produzir se têm de fazer uma enorme ginástica para que o vencimento chegue para todo o mês? E tomou uma decisão: subir 200 euros a todos os funcionários.
NÃO QUEREM EXPERIMENTAR?!.... Janeiro/23/08
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
E a indisciplina continua....
Pois continua!... E não se resolve se não houver vontade séria da parte dos Conselhos Executivos em debelar este flagelo, mau para os alunos colegas de turma, mau para os docentes porque lhes rouba anos de vida e potencia o cansaço, mau para a sociedade em que a escola pretende vir a integrar os educandos. Já no início da década de 90, em Conselho Pedagógico, propuz que se "alinhavasse" uma espécie de "cartilha do professor" com um conjunto de normas que fomentassem procedimentos iguais para desvios comportamentais semelhantes. Evitavam-se, assim, os desacertos educacionais entre responsáveis pela direcção de uma escola e os colegas docentes. Evitavam-se certos extremismos entre o docente - actor nem sempre bem sucedido porque as coisas acontecem de modo imprevisto- e responsáveis executivos e/ou directivos que, em muitos casos, desautorizam o docente que teve o "azar" de agir na hora. Assim protegem o malandro e castigam o cumpridor bem intencionado.
Será possível manter uma aluno na sala de aula contra a sua própria vontade? Como pode uma turma ter aproveitamento se há um ou dois colegas que, constantemente, provocam e desastabilizam? Como pode um professor concentrar-se numa aula com um fio condutor do raciocínio se, constantemente, há um aluno que perturba e lhe corta o fio ao pensamento? Vai passar a ralhar com o referido aluno, com prejuizo para os restantes, ou mandá-lo "dar uma volta" para não prejudicar a aula e o direito a aprender dos restantes? Os encarregados de Educação mais sensatos não se poriam do lado do professor nestes casos? Atrevo-me a repetir o que já disse muitas vezes. Nestes casos de alunos reincidentes, estes seriam enviados para um gabinete onde , diante de um docente, escreveriam as razões pelas quais foi retirado da sala enquanto lhe eram lembradas as normas pelas quais se rege a disciplina de uma Escola. Aí ficaria, nesse tempo, sem voltar à sala para não perturbar mais. Depois seria ouvido o docente, de cuja sala foi mandado retirar, sobre a veracidade do relato do aluno. No mesmo dia seria enviado, pela caderneta, recado para o encarregado de educação. Se houvesse resposta, o problema talvez começasse a ter solução. Caso contrário, far-se-ia a ameaça de desleixo e abandono do aluno por parte dos Pais e consequente comunicação ao tribunal de menores.
Tenho a certeza que este procedimento faria com que muitos, se não todos, tomassem caminho e vissem a escola com outros olhos. Então, seria um encanto ser professor e acabaria aquele receio de entrar numa sala de aula sempre com a perspectiva do que, porventura, "poderá acontecer". Conheço escolas que, seguindo este processo, deram como vencido o problema da indisciplina. E no fim ganham todos e os alunos agradecem. Eles, depois de passar a tormenta e alcançar resultados positivos, sabem dar valor ao rigor da disciplina. Nós, "bonzinhos" e tímidos, é que não temos coragem de tomar atitudes e acabamos numa covardia que em nada nos dignifica e, acima de tudo, constitui um fardo psicológico que só nos provoca retracção no que se refere aos objectivos da nossa vocação de docentes e educadores.
Se não é assim, porque é que andamos tantos anos a queimar as pestanas? Não ganharíamos mais como canalizadores? A. Costa Gomes
Será possível manter uma aluno na sala de aula contra a sua própria vontade? Como pode uma turma ter aproveitamento se há um ou dois colegas que, constantemente, provocam e desastabilizam? Como pode um professor concentrar-se numa aula com um fio condutor do raciocínio se, constantemente, há um aluno que perturba e lhe corta o fio ao pensamento? Vai passar a ralhar com o referido aluno, com prejuizo para os restantes, ou mandá-lo "dar uma volta" para não prejudicar a aula e o direito a aprender dos restantes? Os encarregados de Educação mais sensatos não se poriam do lado do professor nestes casos? Atrevo-me a repetir o que já disse muitas vezes. Nestes casos de alunos reincidentes, estes seriam enviados para um gabinete onde , diante de um docente, escreveriam as razões pelas quais foi retirado da sala enquanto lhe eram lembradas as normas pelas quais se rege a disciplina de uma Escola. Aí ficaria, nesse tempo, sem voltar à sala para não perturbar mais. Depois seria ouvido o docente, de cuja sala foi mandado retirar, sobre a veracidade do relato do aluno. No mesmo dia seria enviado, pela caderneta, recado para o encarregado de educação. Se houvesse resposta, o problema talvez começasse a ter solução. Caso contrário, far-se-ia a ameaça de desleixo e abandono do aluno por parte dos Pais e consequente comunicação ao tribunal de menores.
Tenho a certeza que este procedimento faria com que muitos, se não todos, tomassem caminho e vissem a escola com outros olhos. Então, seria um encanto ser professor e acabaria aquele receio de entrar numa sala de aula sempre com a perspectiva do que, porventura, "poderá acontecer". Conheço escolas que, seguindo este processo, deram como vencido o problema da indisciplina. E no fim ganham todos e os alunos agradecem. Eles, depois de passar a tormenta e alcançar resultados positivos, sabem dar valor ao rigor da disciplina. Nós, "bonzinhos" e tímidos, é que não temos coragem de tomar atitudes e acabamos numa covardia que em nada nos dignifica e, acima de tudo, constitui um fardo psicológico que só nos provoca retracção no que se refere aos objectivos da nossa vocação de docentes e educadores.
Se não é assim, porque é que andamos tantos anos a queimar as pestanas? Não ganharíamos mais como canalizadores? A. Costa Gomes
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Dar boas notas como acesso ao topo....
O recém-revisionado ECD tem uma mãe que, por menos por sua iniciativa, o gerou: Maria de Lourdes Rodrigues. Não sei se tem pai pois desconheço, na Europa dita progesssista, qual o país com um ECD semelhante. Creio, portanto, que é filho de "pai incógnito" o recauchutado ECD . Prima pelas novidades patéticas que, a seu tempo, poderão ser mote para um teatro de revista à portuguesa. Só faltava esta de o professor ser avaliado pelas notas que dá aos alunos!.... "Cabecinha pensadora".... Querida Maria de Lourdes, acha que alguém quererá reprovar um aluno por maldade, por ódio, por inveja, por vingança, por... ! A Senhora alguma vez foi docente e sabe o que significa gastar meia hora ou mais, numa turma de 25 alunos, por causa de uma ou duas negativas em excesso, num impasse de "deve, não deve" passar, mas se..., porque o outro passou e... se passar é melhor para ele.... caso contrário... E isto com dois, três ou mais alunos da mesma turma?!... Acha que temos algum prazer em gastar tanto tempo com estas "pestinhas"?! Não aceita que muitos destes alunos não só estragaram as aulas durante um ano inteiro mas também nos "moeram" a cabeça porque nós, minimamente responsáveis, não podemos aceitar que um ou outro aluno desestabilize constantemente as aulas de uma determinada turma?! E parece-lhe, Srª Ministra, que se os sujeitar a uma determinada prova vão preparar-se para ela?! Isso poderá acontecer numa percentagem ínfima e só em casos de pais conscientes e responsáveis.
Vossa Excelência quer que os docentes atribuam resultados positivos a alunos aplicados e aos não aplicados. Aos aplicados, mesmo que muito desprovidos de capacidades, nós já atribuimos níveis positivos só pelo esforço e pela presença atenta nas aulas. Os "não" aplicados, na maioria dos casos, também são alunos sem interesse pela escola e sem apoio parental. São alunos sem qualquer motivação a não ser para a brincadeira em momentos inoportunos. Vossa Ex.º quer que os docentes se ponham de joelhos diante deles e lhes peça, pelas almas deste e do outro mundo que, pelo menos, estejam calados para ter um nível positivo. De facto isto traz duas vantagens: para o docente, que também obterá mais uma razão favorecedora da sua própria avaliação; e para o aluno que, continuando sem qualquer motivação nem para o dia de hoje nem para o de amanhã, mais tarde ou mais cedo terá um diploma, igual ao daqueles colegas que se esforçaram, só que não lhe servirá para nada pois, a sociedade em que talvez se venha a inserir, encarregar-se-á de o por de lado e de separar o "trigo do jóio".
Causa pena verficar que os nossos políticos andam constantemente em passeio (dizem que é em trabalho) pelos paises mais desenvolvidos e nada conseguem aprender. Importam umas cosméticas para esta ou aquela ária e tentam fazer com que certas medidas peguem por "geração espontânea" sem preparar o terreno. Os "iluminados" deste governo não têm feito, nem mais nem menos, do que o que todos os anteriores andaram a fazer: experiências e mais experiências. Os resultados finais são sempre os mesmos: somos um país de burros que conduzem outros burros e como estes não gostam muito de andar para a frente, fartam-se de dizer mal dos que vieram atrás deles. Nos últimos vinte anos não se fez mais nada senão alterar o sistema educativo e nada do que se fez veio melhorá-lo. Instalou-se o "não te rales", "deixa correr", o "quanto pior, melhor", o "facilitismo", a descrença da sociedade no sistema , o descontentamento dos docentes, dos encarregados de educação, dos alunos.....
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Aulas ao domicilio.... em Baiao
"O Programa "Escola em Casa" arrancou hoje em Baião e tem como objectivo para aumentar os índices de escolaridade.
O município de Baião, que regista os mais baixos índices de escolaridade do distrito do Porto, iniciou hoje um programa que visa fomentar as conversas familiares sobre matérias educativas para tentar inverter o actual panorama em matéria de educação.
A primeira reunião de trabalho entre a equipa coordenadora do programa, os professores e os pais foi hoje realizada para definir metodologias e as temáticas a abordar nas conversas familiares.
O programa é dinamizado pela Universidade de Aveiro e coordenado pelo antigo reitor daquela universidade e actual presidente do Conselho Nacional de Educação, Júlio Pedrosa.
Para estimular o diálogo familiar e envolver mais os encarregados de educação na vida escolar, os responsáveis pelo projecto criaram guiões, com textos, seguidos de perguntas, que os jovens levam para casa para responderem com os pais.
O objectivo considera-se conseguido quando questões à volta da escola monopolizem pelo menos meia hora diária de conversa familiar.
Em declarações à Lusa, José Luís Carneiro, presidente da autarquia, disse que a autarquia inicia o programa "Escola em Casa" no Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, com os alunos do 7.º ano de escolaridade.
"Caso os resultados sejam satisfatórios, pretendemos estender o programa, numa fase posterior, aos agrupamentos escolares de Eiriz e Sudeste", afirmou. O autarca explicou que o seu interesse no projecto foi estimulado pelo psiquiatra Daniel Sampaio durante uma conferência em Baião. "Ele considerou, e muito bem, que um projecto destes se adequa perfeitamente a Baião", disse.
A ideia foi depois aperfeiçoada em conversa com o coordenador do projecto "Escola em Casa", durante uma deslocação de Júlio Pedrosa a Baião para apresentação de uma pós-graduação em Educação Especial Cognitiva e Motora.
"Nem sempre as pessoas entendem bem esta aposta, mas estamos determinados a investir na Educação e já em 2006 aplicámos no sector mais de metade do orçamento disponível da autarquia, ou seja, 1,1 milhões de euros", afirmou o autarca. Para o próximo ano, "o orçamento previsto para esta área é superior a dois milhões de euros", garantiu José Luís Carneiro.
O objectivo é contrariar os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), segundo os quais metade dos estudantes de Baião não terminam o nono ano de escolaridade, 67% não conseguem o 12.º ano e 10% da população é analfabeta.
O projecto que hoje se iniciou visa também contribuir para alterar este panorama, uma vez que de acordo com um estudo da Universidade de Aveiro, uma das razões para o insucesso educativo relaciona-se com "o nível das conversas familiares", referiu o autarca. "Pretendemos, assim, que os pais percebam e participem mais na escola e que a escola se abra e interaja com a comunidade", frisou.
A autarquia estimulou a concretização do projecto e garante agora o apoio logístico às equipas envolvidas. O projecto foi já desenvolvido no distrito de Aveiro, onde abrangeu mais de 1500 alunos de 23 escolas do 4.º ao 6.º ano de escolaridade." (In Educare.pt)
COMENTÁRIO:
Cheio de bons intenções está o inferno. O inferno dos oportunistas do ensino e da pseudo-educação. Porque é que estes cavalheiros não fazem pós-graduações sobre a "boa educação" fomentada pela maioria dos meios de comunicação social? ou pela maioria dos sítios da internet? ou pela violência dos telejornais? Como querem educar/ensinar alguém? A juventude sabe mais que nós, no meu caso reformado do ensino, sobre tantos assuntos que nem nos passam pela cabeça. Querem que eles conversem com os pais? Seria necessário levar, primeiro, os pais a conversar com os professores, o que não acontece. Eu e muitos milhares de docentes fomos vítimas de uma certa "ganância" de outros docentes universitários: arranjaram cursos e cursilhos para garantirem a "ratio" de funcionamento de certos cursos-promoções... e nós ficamos "doutores" em vez de "setores". Agora... temos a miséria social sobre a classe docente. Não foram os "pequenos" que a provocaram. Estou aposentado hà pouco tempo mas não vou ficar quieto. Vou continuar a denunciar as hipocrisias de um sistema que coloca o "carro à frente dos bois" pretendendo arrumar a casa dos outros sem que tenha arrumado a sua. Procurem educar os meios de comunicação social e teremos melhor sociedade. Será isto voltar à censura? Não é, não. Um pai ou mãe não dá ao filho, propositadamente, algo que lhe venha a fazer mal. Então porquê tanta droga, prostituição, violência, sexo, abusos anti-naturais, conversas de grandes senhores cheias de arrogância, ameaçadoras da justiça social constitucionalmente aceite, casos macabros nunca desvendados, políticos corruptos, divorciados, recasados pela enésima vez à frente dos destinos de comunidades e instituições? É a isto que chamam educar e ensinar? Podem ir viver para os polos e deixar de dar notícias.
A paz, a alegria, o bem estar psico-somático do ser humano contenta-se com muito menos e sobe muito mais alto se não tiver conhecimento destes exemplares e das suas teorias, raros hà décadas mas que, de momento, são o "jet set". Não, muito obrigado, não quero isso para os meus netos. Chega de descrédito. A. Costa Gomes
O município de Baião, que regista os mais baixos índices de escolaridade do distrito do Porto, iniciou hoje um programa que visa fomentar as conversas familiares sobre matérias educativas para tentar inverter o actual panorama em matéria de educação.
A primeira reunião de trabalho entre a equipa coordenadora do programa, os professores e os pais foi hoje realizada para definir metodologias e as temáticas a abordar nas conversas familiares.
O programa é dinamizado pela Universidade de Aveiro e coordenado pelo antigo reitor daquela universidade e actual presidente do Conselho Nacional de Educação, Júlio Pedrosa.
Para estimular o diálogo familiar e envolver mais os encarregados de educação na vida escolar, os responsáveis pelo projecto criaram guiões, com textos, seguidos de perguntas, que os jovens levam para casa para responderem com os pais.
O objectivo considera-se conseguido quando questões à volta da escola monopolizem pelo menos meia hora diária de conversa familiar.
Em declarações à Lusa, José Luís Carneiro, presidente da autarquia, disse que a autarquia inicia o programa "Escola em Casa" no Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, com os alunos do 7.º ano de escolaridade.
"Caso os resultados sejam satisfatórios, pretendemos estender o programa, numa fase posterior, aos agrupamentos escolares de Eiriz e Sudeste", afirmou. O autarca explicou que o seu interesse no projecto foi estimulado pelo psiquiatra Daniel Sampaio durante uma conferência em Baião. "Ele considerou, e muito bem, que um projecto destes se adequa perfeitamente a Baião", disse.
A ideia foi depois aperfeiçoada em conversa com o coordenador do projecto "Escola em Casa", durante uma deslocação de Júlio Pedrosa a Baião para apresentação de uma pós-graduação em Educação Especial Cognitiva e Motora.
"Nem sempre as pessoas entendem bem esta aposta, mas estamos determinados a investir na Educação e já em 2006 aplicámos no sector mais de metade do orçamento disponível da autarquia, ou seja, 1,1 milhões de euros", afirmou o autarca. Para o próximo ano, "o orçamento previsto para esta área é superior a dois milhões de euros", garantiu José Luís Carneiro.
O objectivo é contrariar os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), segundo os quais metade dos estudantes de Baião não terminam o nono ano de escolaridade, 67% não conseguem o 12.º ano e 10% da população é analfabeta.
O projecto que hoje se iniciou visa também contribuir para alterar este panorama, uma vez que de acordo com um estudo da Universidade de Aveiro, uma das razões para o insucesso educativo relaciona-se com "o nível das conversas familiares", referiu o autarca. "Pretendemos, assim, que os pais percebam e participem mais na escola e que a escola se abra e interaja com a comunidade", frisou.
A autarquia estimulou a concretização do projecto e garante agora o apoio logístico às equipas envolvidas. O projecto foi já desenvolvido no distrito de Aveiro, onde abrangeu mais de 1500 alunos de 23 escolas do 4.º ao 6.º ano de escolaridade." (In Educare.pt)
COMENTÁRIO:
Cheio de bons intenções está o inferno. O inferno dos oportunistas do ensino e da pseudo-educação. Porque é que estes cavalheiros não fazem pós-graduações sobre a "boa educação" fomentada pela maioria dos meios de comunicação social? ou pela maioria dos sítios da internet? ou pela violência dos telejornais? Como querem educar/ensinar alguém? A juventude sabe mais que nós, no meu caso reformado do ensino, sobre tantos assuntos que nem nos passam pela cabeça. Querem que eles conversem com os pais? Seria necessário levar, primeiro, os pais a conversar com os professores, o que não acontece. Eu e muitos milhares de docentes fomos vítimas de uma certa "ganância" de outros docentes universitários: arranjaram cursos e cursilhos para garantirem a "ratio" de funcionamento de certos cursos-promoções... e nós ficamos "doutores" em vez de "setores". Agora... temos a miséria social sobre a classe docente. Não foram os "pequenos" que a provocaram. Estou aposentado hà pouco tempo mas não vou ficar quieto. Vou continuar a denunciar as hipocrisias de um sistema que coloca o "carro à frente dos bois" pretendendo arrumar a casa dos outros sem que tenha arrumado a sua. Procurem educar os meios de comunicação social e teremos melhor sociedade. Será isto voltar à censura? Não é, não. Um pai ou mãe não dá ao filho, propositadamente, algo que lhe venha a fazer mal. Então porquê tanta droga, prostituição, violência, sexo, abusos anti-naturais, conversas de grandes senhores cheias de arrogância, ameaçadoras da justiça social constitucionalmente aceite, casos macabros nunca desvendados, políticos corruptos, divorciados, recasados pela enésima vez à frente dos destinos de comunidades e instituições? É a isto que chamam educar e ensinar? Podem ir viver para os polos e deixar de dar notícias.
A paz, a alegria, o bem estar psico-somático do ser humano contenta-se com muito menos e sobe muito mais alto se não tiver conhecimento destes exemplares e das suas teorias, raros hà décadas mas que, de momento, são o "jet set". Não, muito obrigado, não quero isso para os meus netos. Chega de descrédito. A. Costa Gomes
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